Todos os dias temos novidades com relação à necessidade de transição energética no mundo e da redução da emissão de gases de efeito estufa. Um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), divulgado em fevereiro, revela que a implementação de tecnologias de eficiência energética, projetos de fontes renováveis e a disponibilidade crescente de veículos elétricos evitaram as emissões globais de 550 milhões de toneladas adicionais de dióxido de carbono em 2022.
Apesar disso, o relatório alerta que as emissões ainda estão em uma trajetória insustentável e cresceram 0,9% em relação ao ano anterior, totalizando 36,8 bilhões de toneladas de CO2. As emissões derivadas do uso de petróleo aumentaram 2,5%, sendo metade dessas emissões devido à recuperação do tráfego aéreo.
Outro estudo produzido em parceria pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Empresa de Pesquisa Energética e Centro de Economia Energética e Ambiental da Coppe/UFRJ aponta que o Brasil terá que alcançar emissões negativas de CO2 entre 2035 e 2040 para atingir a neutralidade na geração líquida de gases de efeito estufa até 2050. Isso será possível quando a diferença entre o valor emitido e o capturado da atmosfera ficar em torno de 500 milhões de toneladas. O documento alerta que se o Brasil não conseguir eliminar o desmatamento ilegal até 2028, a meta de zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 será irrealista, mesmo com a aplicação de tecnologias ainda em desenvolvimento.