Com um espetacular show da cantora Margareth Menezes e sua banda, no resort Tivoli, na Mata de São João (BA), Otto Resende Vilela lançou, nesta sexta-feira, 24 de novembro, a Boven Energia, marca comercial que vai substituir uma antiga controlada, a Federal Energia.
Otto, como é mais conhecido, está animado com as oportunidades que se abrem para os negócios. Em janeiro deste ano, ele adquiriu a parte dos sócios minoritários na Federal e agora decidiu relançar a empresa com um novo nome.
“Com a Boven, a nossa proposta é dar uma ideia de uma nova era na empresa”, disse a este site. O CNPJ continua o mesmo que era utilizado pela marca anterior, mas, segundo Otto, o que mudou radicalmente foi a visão do negócio.
Ele cita como exemplo uma iniciativa da Boven, que já nasce no meio do processo de abertura de uma comercializadora em Portugal, em sociedade com a parceira pernambucana Elétron.
“O mercado vai se abrir de forma inexorável no Brasil, apesar da resistência de alguns segmentos, que teimam em não reconhecer que estamos a um passo da abertura. Então, vamos abrir uma unidade em Portugal, que é um mercado totalmente livre. Vamos aprender com se opera nessa condição de ser absolutamente livre, para que possamos aprender as boas práticas e, futuramente, aplicar no Brasil”, explicou.
Otto é um advogado que graças aos negócios da família começou a se interessar pela energia elétrica quando seu pai, um fazendeiro de Mato Grosso, entrou em um empreendimento hidrelétrico no rio Jauru, com capacidade instalada de 120 MW, em parceria com a Queiroz Galvão.
Agora, depois dos anos passados na Federal, ele lidera um grupo que inclui, além da comercializadora tradicional, a Boven Varejista (em fase de registro na CCEE) e a Boven Geração, um conjunto de sete projetos de CGH´s e um de PCH, todos em fase final para obtenção do licenciamento ambiental.
Antes da divisão societária, a Federal fechou o exercício de 2016 comercializando em torno de 250 megawatts médios. Agora, como garante, a empresa — que oficialmente passa a utilizar a marca comercial Boven a partir desta segunda-feira, 27 de novembro — está fechando o balanço de 2017 com cerca de 1 mil megawatts médio.
“Estamos muito animados com as perspectivas”, afirmou Otto Vilela, que, além do escritório central localizado na região da Berrini, na capital paulista, conta com um escritório de geração, na cidade mineira de Itajubá, e de gestão da energia em Itapema, Santa Catarina.
Embora entusiasmado com as perspectivas, Otto Vilela entende que as autoridades não podem descuidar do ambiente legal e regulatório em que as empresas do setor operam. Na sua visão, é necessário que sejam tomadas decisões urgentes para que o mercado de energia elétrica possa avançar no Brasil. Entre elas, resolver a questão do GSF (“isso fundamental, pois o GSF está travando todo o mercado”), a definição em torno da precificação e a construção do novo modelo, que precisa ser bem menos intervencionista.